sábado, 19 de outubro de 2013

PLANTIO DA MANGUEIRA (MANGA)
O planejamento de um pomar de manga deve ser feito utilizando estudos básicos, que orientem um plano de exploração da propriedade, cujos procedimentos podem viabilizar o agronegócio. Os estudos básicos compreendem o levantamento das características climáticas, físico-químicas do solo, com definição do tipo de solo e da profundidade, além dos recursos hídricos disponíveis, no período mais seco do ano. Várias são as etapas envolvidas na implantação de um pomar de manga e todas são importantes no processo produtivo.
A área onde será instalado o pomar, deve ser selecionada considerando a topografia do terreno e as vias de acesso, que serão fatores de influência direta nas práticas agronômicas e no escoamento da produção. Em solos de areias quartzosas da região Semi-Árida nordestina, faz-se apenas a limpeza da área por meio do destocamento e roçagem da vegetação, três a quatro meses antes do plantio, sem o uso da aração e da gradagem. Após a limpeza, deve-se coletar uma amostra representativa de solo, para avaliar a necessidade de calagem e adubação.
A área do pomar deve ser protegida contra os ventos fortes, os quais provocam a queda de frutos e afetam consideravelmente a produção. A instalação de quebra-ventos deve ser feita durante os dois primeiros anos de formação do pomar. No Semi-Árido brasileiro, onde o vento compromete o desenvolvimento das plantas principalmente nos três primeiros anos, é comum o uso de capim elefante, que apresenta desenvolvimento rápido e atinge altura de quatro metros; também são utilizados diversas espécies de fruteiras como quebra-ventos, tais como bananeiras com 3 a 4 linhas de plantas instaladas entre talhões de plantio ou coqueiros nas margens laterais do plantio.
Densidade de plantio
Nos plantios com tecnologia de produção para exportação, como os do Semi-Árido nordestino, onde a irrigação é obrigatória, a densidade de plantio mais comum é de 250 plantas/ha (espaçamento de 8 x 5m); no entanto, maiores densidades já estão sendo usadas nessa região, exigindo, no entanto manejos mais adequados quanto a podas, irrigação e nutrição.
Após a determinação do espaçamento, faz-se o alinhamento em quadrado ou retângulo, com um piquete no local onde serão abertas as covas. Em áreas com declive acentuado (> 5%), deve-se preparar curvas de nível, a fim de evitar problemas de erosão.
Abertura e adubação de cova
Após a marcação, as covas com dimensões de 60 x 60 x 60 cm são abertas com uma ferramenta conhecida como “boca-de-lobo” ou com uma perfuradora mecanizada; esse implemento agiliza e diminui os custos de abertura de covas mas, dependendo do tipo de solo, há necessidade de se quebrar as paredes laterais da cova, a fim de se evitar o “espelhamento”, ou seja, a compactação das mesmas. A correção e a adubação devem ser baseadas na análise de solo e ser feitas, pelo menos, 15 dias antes do plantio da muda. No Semi-Árido nordestino, recomenda-se de 20 a 30 L de esterco de curral (caprino ou bovino) por cova, 1 kg de superfosfato simples, 150g de cloreto de potássio e 200g de uma mistura de  micronutrientes. Na adubação da cova com esterco, deve ser mantida a relação 1 esterco: 10 solo, para que haja uma decomposição mais equilibrada.
Considerando as grandes exigências de cálcio pela cultura da mangueira, recomenda-se associar a calagem com a aplicação de gesso.
Plantio da muda e pintura do caule
Em geral, faz-se o plantio da muda no início das chuvas, para facilitar um melhor estabelecimento da mesma no solo, embora sob condições irrigadas, essa operação possa ser realizada em qualquer época do ano. Devem-se selecionar mudas enxertadas, sadias e com dois fluxos vegetativos. Para evitar rachaduras no caule, causadas pela incidência direta da radiação solar, que favorece a entrada de fungos no caule, deve-se fazer uma pintura com tinta látex branca, diluída em água, na proporção de 1:1.
Cobertura morta, tutoramento
A utilização da cobertura morta, que pode ser de raspa de madeira ou maravalha, palha de arroz, folhas de coqueiro ou restos da roçagem feita entre as fileiras de plantio, tem  o objetivo de proteger o solo, ao redor da planta, das altas temperaturas, além de evitar perdas excessivas de umidade do solo. Recomenda-se também o uso de um tutor (pequeno poste de madeira) que servirá para conduzir o caule da planta verticalmente, evitando a ação danosa dos ventos na instalação da muda (Fig. 1 e 2).
Cuidados fitossanitários
Nos pomares em formação, as formigas cortadeiras, ácaros, cochonilhas e tripes podem causar danos consideráveis. As medidas de controle devem ser planejadas antes mesmo do plantio. Deve-se também ter em mente a preservação do potencial de controle biológico existente, bem como o favorecimento à atuação de inimigos naturais, de maneira que, no campo, o controle biológico assuma importância cada vez maior no controle das pragas da cultura. Com alguns cuidados e a introdução de certas práticas, é possível melhorar a qualidade e o rendimento, sem alterar custos.
Fotos: Embrapa Semi-Árido

Fig. 1. Vista de um pomar de mangueiras, espaçamento 8 x 5 m, da cultivar Tommy Atkins Petrolina

Fig. 2. Detalhe de uma muda, com 18 meses do plantio, da  cultivar Tommy Atkins. Fazenda Upa Agrícola. Petrolina, PE 2002.
Entre os cuidados fitossanitários, é importante mencionar que durante a implantação do pomar pode ocorrer a incidência de Lasiodiplodia, em conseqüência de estresse hídrico à planta, devido a entupimento de microaspersores ou qualquer outro problema no manejo da irrigação, assim como, podem aparecer mudas com “malformação vegetativa”; nesses dois casos é necessário um replantio, pois as mudas devem ser descartadas. No período das chuvas, deve-se ficar atento à incidência de doenças como a antracnose, cujo controle deve ser feito com pulverização de produtos à base de cobre.
ADUBAÇÃO DE MANGUEIRA(MANGA) CORRETA

Nitrogênio -  O nitrogênio é um dos nutrientes mais importantes para a mangueira e exerce um importante papel na produção e na qualidade dos frutos. Seus efeitos se manifestam principalmente na fase vegetativa da planta e considerando a relação existente entre surtos vegetativos/emissão de gemas florais/frutificação, sua deficiência poderá afetar negativamente a produção. Mangueiras adequadamente nutridas com nitrogênio poderão emitir regularmente brotações que, ao atingirem a maturidade, resultarão em panículas responsáveis pela frutificação. Nitrogênio em excesso pode aumentar a susceptibilidade a desordens fisiológicas, tais como colapso interno, a doenças de pós-colheita, e se for aplicado no momento errado, pode prejudicar o florescimento.  Altos teores de nitrogênio podem, ainda, deixar os frutos verdes, ou manchados de verde, o que diminui o seu valor de mercado.
Fósforo - O fósforo é necessário na divisão e crescimento celular da planta. É especialmente importante no desenvolvimento radicular, comprimento da inflorescência, duração da floração, tamanho da folha e maturação do fruto. Influencia positivamente na coloração da casca, uma característica de grande importância para o mercado consumidor.
Potássio - O potássio exerce um importante papel na fotossíntese e produção de amido, na atividade das enzimas e na resistência da planta a doenças. Ele está estreitamente relacionado com a qualidade dos frutos, em particular cor da casca, aroma, tamanho e brix. Influencia ainda a regulação de água na célula, controlando as perdas de água das folhas através da transpiração. É o nutriente mais importante em termos de produção e qualidade de frutos. No entanto, o excesso desse nutriente pode causar desbalanço nos níveis de cálcio e magnésio, causando ainda, queima nas margens e ápice das folhas velhas.
Cálcio - O cálcio, juntamente com o nitrogênio, é um nutriente exigido em grandes quantidades pela mangueira. O cálcio participa do desenvolvimento celular da planta e dos frutos. Ele influencia na firmeza e na vida de prateleira dos frutos. Baixos níveis de cálcio estão associados com o colapso interno. Os períodos críticos para a absorção de cálcio são durante o fluxo pós-colheita e o desenvolvimento inicial dos frutos. O cálcio é melhor absorvido pelo sistema radicular; aplicações foliares de cálcio não tem sido eficientes, uma vez que ele é praticamente imóvel na planta.
Magnésio - Embora o magnésio não seja exigido em grandes quantidades, sua deficiência poderá provocar redução no desenvolvimento, prematura desfolha e, em decorrência, diminuição da produção. Adubações com altas doses de cálcio e de potássio diminuem a absorção de magnésio, motivo pelo qual deve ser verificada, antecipadamente, a relação potássio/cálcio/magnésio
Boro - O boro é importante para a polinização e desenvolvimento de frutos e essencial para a absorção e uso do cálcio. A deficiência de boro resulta em pobre florescimento e polinização, além de frutos de tamanho reduzido. Os sintomas de deficiência são mais visíveis durante o florescimento, produzindo inflorescências deformadas, brotações de tamanho reduzido, com folhas pequenas e coriáceas. Poderá ocorrer ainda redução significativa em termos de produção, uma vez que a gema terminal poderá morrer ou então, baixa germinação do grão de pólen e o não desenvolvimento do tubo polínico. A morte de gemas terminais resulta na perda da dominação apical, induzindo assim a emissão de grande número de brotos vegetativos, originados das gemas axilares dos ramos principais. Deve-se tomar extremo cuidado com as quantidades de boro aplicadas, uma vez que o limite entre deficiência e toxicidade é muito próximo. A toxidez de boro causa queima das margens e queda das folhas.
Zinco - Plantas deficientes em zinco apresentam encurtamento dos entrenós, além do limbo foliar aumentar sua espessura e ficar quebradiço. Os distúrbios denominados malformação floral ou “Embonecamento” e malformação vegetativa ou “Vassoura de Bruxa” podem, em parte, serem confundidos com a deficiência de zinco, uma vez que as plantas emitem panículas pequenas, de forma irregular, múltiplas e deformadas.
Amostragem e análise de solo 
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O resultado da análise química do solo é essencial na recomendação de adubação, no entanto, é necessário que se faça uma amostragem de solo criteriosa, de modo que represente as condições reais do campo.
Inicialmente, procede-se a divisão da área da propriedade, levando-se em conta a topografia, vegetação, cor e a textura do solo e o uso (virgem ou cultivado). Para cada subárea, coletar, ao acaso, vinte amostras simples a uma profundidade de 0 - 20 cm e outras vinte a uma profundidade de 20 - 40 cm, colocando a terra em duas vasilhas limpas. Misturar toda terra coletada de cada profundidade e, da mistura, retirar uma amostra composta com aproximadamente 0,5 kg de solo e colocá-la num saco plástico limpo ou numa caixinha de papelão. Identificar essas duas amostras e enviá-las para um laboratório. Nunca coletar amostra em locais de formigueiro, monturo, coivara ou próximos a currais. Antes da coleta, limpar a superfície do terreno, caso tenha mato ou resto vegetal.
A amostragem em pomares implantados também deve ser feita aleatoriamente em pelo menos 20 pontos (20 amostras simples formando uma amostra composta) por área uniforme, na projeção da copa das árvores, evitando a coleta em faixas de terra recém adubadas. Deve-se fazer a amostragem após a colheita e antes de efetuar a adubação de base, no local onde será realizadas a calagem e a adubação. Normalmente se tem retirado as amostras à profundidade de 0 – 20 e 20 – 40 cm.
Amostragem e análise de planta
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A análise mineral de planta é outra informação importante para se fazer a recomendação de adubação, mas para isso, é necessária uma amostragem adequada. Deve-se separar talhões ou conjunto de talhões (não ultrapassar 10 ha) com a mesma idade, variedade e produtividade, em áreas de solos homogêneos. Manter o mesmo agrupamento usado na amostragem de solo. Escolher para a coleta apenas as folhas inteiras e sadias. As folhas devem ser coletadas na parte mediana da copa, nos quatro pontos cardeais, em ramos normais e recém-maduros. Coletar as folhas na parte mediana do penúltimo fluxo do ramo ou do fluxo terminal, com, pelo menos, quatro meses de idade. Retirar quatro folhas por planta, em 20 plantas selecionadas ao acaso e colocá-las em saco de papel.
Realizar a coleta antes da aplicação de nitratos ou outro fertilizante foliar para a quebra de dormência das gemas florais.  Não amostrar plantas que tenham sido adubadas, pulverizadas ou após períodos intensos de chuvas. Após a coleta, deve-se acondicionar as amostras em sacos de papel, identificando-as e enviando-as, imediatamente, para um laboratório. Se isto não for possível armazená-las em ambiente refrigerado. Realizar amostragem de folhas anualmente, pois os teores foliares de N, condicionam as doses de fertilizantes nitrogenados a serem aplicadas.
Calagem 
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A calagem tem a finalidade de corrigir a acidez do solo, elevando o pH e neutralizando os efeitos tóxicos do alumínio e manganês, concorrendo assim, para que haja um melhor aproveitamento dos nutrientes pelas culturas. Além da correção da acidez, a calagem eleva os teores de cálcio e magnésio do solo, porque o calcário, que é o corretivo normalmente usado, contém teores altos desses nutrientes.
A mangueira é uma cultura das mais exigentes em cálcio, pois possui quase sempre o dobro desse nutriente nas folhas em relação ao nitrogênio, o qual é o nutriente predominante nas folhas da maioria das espécies cultivadas. Também são freqüentes no campo os sintomas de deficiência de magnésio, considerado o quarto nutriente mais importante para a mangueira. Em solos ácidos os problemas de deficiência de Mg são facilmente corrigidos mediante a aplicação de calcário dolomítico, que é uma fonte eficiente e a mais econômica do nutriente. Entretanto, em solos alcalinos a deficiência de Mg só é corrigida pela aplicação de sais solúveis de Mg, como sulfato, cloreto ou nitrato, os quais normalmente têm custo elevado, principalmente quando comparados com o calcário dolomítico. Em pomares corrigidos com calcário ou naqueles em que o pH elevado não permite a utilização de calcário, a concentração de cálcio nas folhas pode ficar abaixo do nível crítico, predispondo as plantas a distúrbios fisiológicos, como o colapso interno (soft nose). Uma fonte alternativa de cálcio é o gesso ou o fosfogesso. Nestas situações o gesso é um material que vem sendo usado para aumentar os teores de cálcio, sem alterar o pH do solo. Existem também, os produtos quelatizados com ácidos orgânicos (polihidroxicarboxílicos) como fonte de cálcio.
A calagem deverá promover a elevação da saturação por bases (V) a 80% e/ou o teor de Ca2+ a 2 cmolc dm-3 e o de Mg2+ a 0,8 cmolc dm-3. A quantidade dos corretivos deve ser determinada pelo técnico especialista, com base nos resultados da análise de solo.
Adubação
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O manejo de adubação da mangueira envolve três fases: 1) adubação de plantio; 2) adubação de formação; e 3) adubação de produção.
Adubação de plantio - Depende, essencialmente, da análise do solo. Os fertilizantes minerais e orgânicos são colocados na cova e misturados com a terra da própria cova, antes de se fazer o transplantio das mudas (Tabela 1).
Adubação de formação - As adubações minerais devem ser iniciadas a partir de 50 a 60 dias após o plantio, distribuindo-se os fertilizantes na área correspondente a projeção da copa, mantendo-se uma distância mínima de 20 cm do tronco da planta (Tabela 1).
Adubação de produção - A partir de três anos ou quando as plantas entrarem em produção, os fertilizantes deverão ser aplicados em sulcos, abertos ao lado da planta. A cada ano, o lado adubado deve ser alternado. A localização destes sulcos deve ser limitada pela projeção da copa e pelo bulbo molhado, por ser esta a região com maior concentração de raízes (Tabela 2). Após a colheita, se aplica 50% do nitrogênio, 100% de fósforo e 25% do potássio. Antes da indução, se aplica 20% do pottássio. Na floração, se aplica  15% do potássio. Após pegamento dos frutos, se aplica 30% do nitrogênio e 15% do potássio. Cinquenta dias após o pegamento dos frutos, se aplica 20% do nitrogênio e 15% do potássio.
Adubação orgânica - Aplicar 20 a 30 L de esterco por cova no plantio, pelo menos uma vez por ano.
Adubação com micronutrientes - As deficiências mais comuns de micronutrientes que ocorrem na mangueira são de zinco e boro. A correção dessas deficiências poderá ser realizada por meio da aplicação de fertilizantes ao solo ou via foliar, em função dos resultados de análise foliar e de solo.
Fornecimento de cálcio - Considerando a elevada exigência da mangueira em cálcio, recomenda-se associar a calagem com a aplicação de gesso na superfície, sem incorporação, após a calagem e antes da adubação.
Tabela 1. Quantidades de N, P2O5 e K2O indicadas para a adubação de plantio e formação da mangueira irrigada no semi-árido.
Adubação1

N

g/cova

P solo, mg dm-3
K solo, mmolc dm-3
<10 font="">
10-20
21-40
> 40
<1 font="">
1,6-3,0
3,1-4,5
>4,5
P2O5, g/cova
K2O, g/cova
Plantio
-
250
150
120
80
-
-
-
-
Formação
· 0-12 meses
150
-
-
-
-
80
60
40
20
· 13-24 meses
210
160
120
80
40
120
100
80
60
· 25-30 meses
1502
-
-
-
-
80
60
40
20
1. Adicionar como fonte de P o superfosfato simples, ou como de N o sulfato de amônio, com o objetivo de se fornecer S às plantas.
2. Antes de aplicar nitrogênio neste período, realizar análise foliar, principalmente se for fazer a indução floral entre 30 e 36 meses



Tabela 2. Quantidades de N, P2O5 e K2O indicadas para a adubação produção da mangueira em função da produtividade e da disponibilidade de nutrientes
Produtivi-dade esperada
N nas  folhas, g kg-1
P solo, mg dm-3
K solo, mmolc dm-3
< 12
12-14
14-16
>16
<10 font="">
10-20
21-40
> 40
<1 font="">
1,6-3,0
3,1-4,5
>4,5
t/ha
N, kg/ha
      P2O5 , kg/ha
K2O, kg/ha
< 10
30
20
10
0
20
15
8
0
30
20
10
0
10 - 15
45
30
15
0
30
20
10
0
50
30
15
0
15 - 20
60
40
20
0
45
30
15
0
80
40
20
0
20 - 30
75
50
25
0
65
45
20
0
120
60
30
0
30 - 40
90
60
30
0
85
60
30
0
160
80
45
0
40 - 50
105
70
35
0
110
75
40
0
200
120
60
0
> 50
120
80
40
0
150
100
50
0
250
150
75
0
1. Usar como fonte de P o superfosfato simples no sentido de disponibilizar maior quantidade de cálcio para as plantas, o que também poderia ser conseguido com a aplicação de nitrato de cálcio na fase de quebra de dormência das gemas florais.
Cultivo de mangueira (manga) por gotejamento.



As plantas invasoras constituem um fator que afeta a economia agrícola, sendo de fundamental importância diferenciar com exatidão uma planta indesejável (planta daninha) das outras de interesse agrícola. Para tanto, é importante lembrar que daninha é toda e qualquer planta não cultivada, que ocorre em áreas, causando perdas às explorações agrícolas, através da competição por luz, água e nutrientes e em algumas situações servem ainda como hospedeiras de pragas e doenças. Esta e outras perdas conferem às plantas indesejáveis, a responsabilidade direta ou indireta de serem causadoras de menores rendimentos do pomar de manga, bem como elevarem o custo de produção. Estas plantas indesejáveis podem apresentar-se como anuais, bianuais e perenes, e esse conhecimento é indispensável para que possam ser controladas.
Plantas anuais são aquelas que possuem um ciclo vegetativo, no máximo de um ano, reproduzindo-se, exclusivamente, por sementes. Todo o trabalho de erradicação destas invasoras deve estar voltado à não produção de sementes.  As bianuais são plantas que no primeiro ano apresentam apenas crescimento vegetativo, para no segundo ano produzirem sementes. As perenes são, na verdade, as plantas indesejáveis de controle mais difícil, visto que se mantém vivas durante muito tempo, reproduzindo-se todos os anos, além de, geralmente, multiplicarem-se vegetativamente (por rizomas, estolões, etc.), como exemplo podemos mencionar a tiririca (Cyperus rotundus L.) capim-fino, capim-angola, capim-de-planta (Brachiaria mutica Forsk) grama-seda (Cynodon dactylon L.), entre outros.
Tratos culturais na cultura da manga
Ação mecânica
O controle de plantas indesejáveis pode ser feito através de equipamentos motomecanizados, manuais e a tração animal e do pastejo direto de ruminantes no pomar. Por medidas de segurança alimentar, o tráfego de animais de tração ou para pastejo na área do pomar, após a floração, tem restrições, pois constitui um risco de contaminação alimentar, devido a alguns patógenos hospedeiros desses animais, ao entrar em contato com os frutos, deixando a produção imprópria para alguns mercados importadores (principalmente Estados Unidos).
O controle mecanizado de plantas indesejáveis deve estar associado ao método de irrigação, seja ele de superfície (sulcos e bacias), aspersão subcopa fixa ou móvel, ou localizada (gotejamento e microaspersão).
 É importante lembrar que uma movimentação excessiva de máquinas e equipamentos no pomar, causa uma compactação do solo, principalmente quando o solo está úmido; assim, como nem sempre é possível evitá-las, existe a recomendação de se utilizarem as roçagens manuais ou mecânicas, que permitem controlar os processos de erosão, além de melhorar as condições físicas (estrutura e porosidade) e biológicas do solo.
O uso de equipamentos que promovem a movimentação do solo, como grades, cultivadores, enxadas rotativas, entre outros, no controle de plantas invasoras, deve ser feito de preferência fora do período chuvoso, visando proteger o solo dos processos erosivos, mantendo a menor profundidade possível (suficiente para eliminar as plantas invasoras), a fim de que os órgãos ativos do implemento, não agridam o sistema radicular da mangueira.
O ideal é manter o solo com uma diversidade de espécies vegetais que favoreçam a estabilidade ecológica e minimizem o uso de herbicidas. Nos pomares em produção deve-se manter na fileira da mangueira, uma faixa controle de ervas espontâneas, por meio de “mulching”, roçadas ou capinadas.
Ação química
O controle químico de plantas indesejáveis é permitido com algumas restrições. Utilizar herbicidas preferencialmente no período chuvoso e mediante receituário técnico, conforme a legislação vigente, e minimizar seu uso para evitar resíduos. Não são recomendados herbicidas de princípio ativo pré-emergente na linha de plantio. O herbicida deve ser utilizado somente na entrelinhas da cultura da mangueira.
No sistema de Produção Integrada de Frutas (PIF), o controle químico de plantas indesejáveis na cultura da mangueira, é permitido com algumas restrições,  devendo ser empregado somente como complemento aos métodos culturais e na faixa de projeção da copa das mangueiras, utilizando, no máximo, duas aplicações anuais com produtos de pós-emergência.
As plantas indesejáveis (daninhas) encontradas com mais freqüência nos pomares no Vale do São Francisco (município de Petrolina-PE), no período de inverno (21 de junho a 23 de setembro)     estação seca) são: serralha roxa - Emilia sagitata e malva rasteira - Herissarithia crispa, malva flor amarela - Waltheria indica, azul rasteira - Evolvulus aff.analoides, pega-pinto - Boerhaavia diffusa, orelha de mexirra - Chamaesyce hirta, agulha - Bidens pilosa e bananinha - Indigofora sp., capim fino - Digitaria horizontalis, capim carrapicho - Cenchrus echinatus e corda de viola - Pavonia humifusa, jureminha ­Desmanthus sp, malva rasteira - Herissarithia crispa, quebra pedra - Phyllauthus niuri, sara ferida - Euphorbia heterophylla, e serralha vermelha - Emilia sonchifolia.
As plantas indesejáveis (plantas daninhas) encontradas com mais freqüência nos pomares no Vale do São Francisco (município de Petrolina-PE) no período de verão(21 de dezembro a 21 de março) estação chuvosa) são: bolinha verde - Croton glandulosus, capim fino - Diigitaria horizontalis, malva rasteira – Herissanthia crispa, azul rasteira - Evolvulus aff. analoides, begô - Tribullus cistoides, ervanço de pendão - Froelichia lanata e meloso - Marsypianthes chamaedrys. No período de outono (21 de março a 21 de junho) estão: bredo - Amaranthus deflexus, capim carrapicho - Cenchrus echinatus, capim fino - Digitaria horizontalis, capim pé de papagaio - Dactyloctenium aegiptium, pega pinto - Boerhaavia diffusa, sara ferida - Euphorbia heterophylla e três sementes - Croton lobatus.
As informações sobre a freqüência de plantas indesejáveis encontradas nos pomares de manga na região do Vale do São Francisco (município de Petrolina-PE), são indicativos para que o técnico responsável pelo receituário e assistência técnica da área elabore o plano de ação dos tratos culturais, através do controle mecanizado e complementação com produtos químicos (herbicidas), se necessário, visando a obtenção do máximo de eficiência com um menor custo de produção.


Alternativas para aproeitamento de dejetos de suinos






Uma alternativa usada pela Embrapa Meio-Norte pode transformar dejetos suínos de pequenas criações em adubo orgânico. No Projeto Boa Esperança, realizado na Comunidade Brejão, em Antônio Almeida (PI), além tecnologias mais sustentáveis para a produção de suínos, é utilizada a cama sobreposta, que consiste em uma grande caixa feita de muretas de alvenaria onde são depositadas palhas ou outros materiais absorventes junto com os dejetos dos animais. Essa técnica garante a conservação ambiental, além de aumentar a rentabilidade e economia das pequenas propriedades.


Segundo Robério Sobreira, zootecnista da Embrapa Meio-Norte, na Comunidade Brejão, os suínos eram criados em mangueirões com grande quantidade de lama na época das chuvas. Essa lama era carreada para o riacho que corta a comunidade.
— A solução encontrada foi fazer algo barato e eficiente: um galpão de palha utilizando a cama sobreposta — conta o zootecnista.
Ele explica que, na medida em que os dejetos entram em contato com a palhada, eles desidratam sem a emissão de odor. Em determinado ponto, a caixa recebe uma nova camada de palhada e assim sucessivamente. Quando o ciclo é completado, a cama é retirada e destinada à compostagem, o que fornece um excelente material para a adubação orgânica.
— Para a realização da compostagem, é retirado um monte, que é periodicamente molhado. Para apressar ainda mais o processo, o produtor pode fazer o revolvimento desse material. Depois de até 60 dias, nas condições do Nordeste, o material adquire a aparência de húmus e pode ser utilizado — explica.
Sobreira diz que a cama sobreposta deve ser utilizada onde se tenha disponibilidade de materiais absorventes. Como benefícios, ela traz conforto e melhora a aparência dos animais, diminui a incidência de doenças, promove a economia de água, conserva o meio ambiente e aumenta a rentabilidade.
— No entanto, é preciso ressaltar que a cama sobreposta como melhor opção não é uma regra para a suinocultura, ou seja, cada situação tem suas particularidades. Em outras comunidades, um galpão nos padrões da suinocultura industrial pode ser mais eficiente e econômico — afirma.

Ainda de acordo com o entrevistado, o galpão construído no projeto comporta 25 animais, o que não impede que a tecnologia seja utilizada em uma escala maior, onde se comportaria até 100 animais de terminação.

— Estamos trabalhando com 2m de galpão por animal. Portanto, o galpão de 5m x 10m foi projetado para comportar 5 animais. Para obter o tamanho necessário para a terminação de qualquer outro lote, basta calcular a proporção — explica Sobreira.

Para mais informações, basta entrar em contato com a Embrapa Meio-Norte através do número (86) 3089-9100.

Reportagem exclusiva originalmente publicada em 02/12/2011
Clique aqui, ouça a íntegra da entrevista concedida com exclusividade ao Portal Dia de Campo e saiba mais detalhes da tecnologia.
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A irrigação é uma técnica milenar que se confunde com o desenvolvimento e prosperidade econômica dos povos, pois muitas civilizações antigas se desenvolveram em regiões áridas onde a produção só era possível graças à irrigação. A história demonstra que a irrigação sempre foi um fator de riqueza, prosperidade e, consequentemente, de segurança.
Com o avanço das tecnologias de irrigação e a demanda cada vez maior de água pelas atividades humanas, acentuou-se a busca por métodos mais eficientes, que consumam menos recursos e forneçam melhores resultados em produtividade e qualidade. Desta forma, a irrigação por gotejamento tem ganhado espaço, principalmente nos últimos 15 anos. Abaixo, na Figura 01, observa-se a eficiência obtida com os principais métodos de irrigação usados atualmente no mundo.
 
Neste ambiente árido e dependente de um método eficiente no uso da água, foi inventado o primeiro emissor para irrigação por gotejamento no mundo pelo Eng. Simcha Blass. E, em 1965, em conjunto com o Kibbutz Hatzerim, foi fundada a Netafim Companhia de Irrigação, em Israel.
Deste então, os emissores passaram por um intenso desenvolvimento tecnológico que permitiu o avanço do gotejamento para além das fronteiras de Israel, fazendo-o ganhar espaço em todo o mundo, representando a melhor solução tecnológica para o uso eficiente de água, energia e insumos. Na Figura 02, destaca-se o primeiro gotejador e sua linha e evolução.
 
Atualmente, estima-se que o suprimento de água doce disponível seja utilizado na proporção de: 70% na agricultura, 20% na indústria e 10% nas cidades para consumo humano. Observa-se que há muito espaço a ser avançado pela irrigação por gotejamento para que as atividades humanas continuem crescendo atendendo à demanda de alimentos em quantidade e qualidade sem esgotar os recursos hídricos, o avanço tecnológico e estas necessidades têm popularizando cada vez mais a irrigação por gotejamento.

Características da Irrigação por Gotejamento
A irrigação por gotejamento é um método muito peculiar e suas principais características e benefícios estão descritos abaixo:
Aplicação da água
Na irrigação por gotejamento, a água é aplicada de forma pontual através de gotas diremente ao solo. Estas gotas, ao infiltrarem, formam um padrão de umedecimento denominado “bulbo úmido”. Estes bulbos podem ou não se encontrar com a continuidade da irrigação e formar uma faixa úmida, outro termo técnico utilizado em irrigação localizada por gotejamento (observar nas figuras 03 e 04).
 
Muitas dúvidas surgem a respeito desta característica dos sistemas de gotejamento, nas quais se questiona se é necessário um gotejador por planta. Na realidade, neste tipo de tecnologia de irrigação, o solo tem papel fundamental na distribuição da água e, portanto, suas características físicas e de estrutura irão definir se o projeto de gotejamento terá um gotejador por planta, mais do que um ou até menos do que um.
Em irrigação por pulsos, tecnologia de gotejamento em desenvolvimento no Brasil, pode-se admitir a formação de bulbos sem haver a faixa úmida. Nestes sistemas, o controle de umidade e nutrição destes bulbos dee ser mais cuidadosa e o uso de sensores de umidade do solo para manejo de irrigação é obrigatório.
Em projetos de irrigação de espécies florestais e seringueira, pode-se admitir o sistema com formação de bulbos, pois a planta tem sistema radicular muito profundo e a reposição da umidade em área reduzida será eficiente, apesar de sempre se buscar a faixa úmida como primeira opção de concepção de projeto.
Na Figura 05, destaca-se que o tipo de solo (textura e estrutura) definem vazão e espaçamento entre gotejadores quando se decide irrigar formando faixa contínua.
 

Desenvolvimento Radicular
Muito se discute sobre o desenvolvimento radicular em sistema de irrigação por gotejamento. Há dúvidas que se transformam em incertezas sobre a capacidade deste sistema de suportar as necessidades de plantas perenes grandes e vigorosas, com sistema radicular bem amplo e distribuído no solo.
De fato, uma das razões de se obter maiores produtividades em irrigação por gotejamento se deve à capacidade deste sistema em irrigar uma parte do solo onde estão as raízes da planta de forma muito precisa, constante e sem expulsar todo o ar deste solo. Assim, as raízes têm sempre água facilmente disponível, nutrientes (fertirrigação) e oxigênio pois estas respiram para realizar seus processos metabólicos e de crescimento. No local da faixa úmida/bulbo, há então um grande aumento do volume e atividade das radicelas, raízes finas cuja única função é absorver água e nutrientes. O gotejamento praticamente não afeta as raízes de sustentação, que são grossas e suberinizadas, ou seja, são impermeáveis e não absorvem água e nutrientes.
Assim, plantas cultivadas com gotejamento têm maior atividade radicular (radicelas), raízes profundas e, portanto, maior produtividade e capacidade de serem manipuladas mais facilmente, pois estas radicelas na área úmida são o alvo perfeito para tratamentos hormonais, aplicação de defensivos sistêmicos ou indução de stress hídrico (déficit hídrico). A Figura 06 destaca esta característica.
 

Alta Frequência e Baixa Intensidade
Por irrigar uma determinada fração do volume de solo
Certifique-se sobre a qualidade da muda na fase de implantação da cultura. Esse é o ponto chave para o sucesso do seu pomar.
O investimento na cultura dos citros tem retorno de longo prazo. Além disso, os riscos existem a ponto do investimento ser comprometido se forem adotadas estratégias erradas. O potencial máximo de produção de uma árvore de citros é expresso depois de seis a oito anos após o plantio e o tempo de vida útil do pomar pode ser de até 20 anos, em função do manejo da cultura. Desta forma, a qualidade da muda, na fase de implantação da cultura é ponto crítico para sucesso do empreendimento.

A orientação técnica de um engenheiro agrônomo é extremamente importante na fase de implantação do pomar, pois é necessário definir quais as decisões são mais adequadas para cada tipo de manejo. O produtor deve buscar um fornecedor de mudas que seja idôneo, com tradição na atividade e que esteja devidamente inscrito na Coordenadoria de Defesa Agropecuária da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo (CDA-SAA/SP). Recomenda-se fazer um contrato antecipado com o viveirista para garantir a possibilidade de escolha da combinação copa/porta-enxerto e a certeza da entrega das mudas no prazo desejado pelo cliente.

Os viveiros de produção de mudas devem, obrigatoriamente, ser protegidos com tela anti-afídeos, cobertos por filme plástico, distantes de pomares cítricos, protegidos por quebra ventos, além de possuir antecâmara.
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Os viveiros de produção de mudas devem seguir normas pré-estabelecidas.
Para que a “Muda cítrica certificada” desenvolva todo seu potencial produtivo são necessários alguns cuidados, que serão frisados a seguir:
Transporte e armazenamento
O transporte das mudas deve ser realizado em caminhões fechados, totalmente recobertos por lona ou tela anti-afídio e devidamente limpos e pulverizados com amônia quaternária. No recebimento das mudas, é aconselhável verificar se estas não sentiram o transporte ou se necessitam molhamento.

É recomendável evitar a estocagem da muda na propriedade e realizar o plantio imediatamente após a entrega. Caso seja necessário, as mudas devem ser estocadas em locais ensolarados, se possível sobre pallets.
A exposição excessiva ao sol é prejudicial, pois as sacolas plásticas pretas absorvem muito calor, podendo queimar o sistema radicular, portanto, é importante proteger as mudas que estão na lateral do estoque para evitar incidência direta dos raios solares. Se repetir o local de armazenamento, deve-se realizar lavagem e desinfestação, além de tomar cuidado para não aprisionar água no terreno junto às mudas.
Plantio
A distribuição da muda no local definitivo deve ser seguida imediatamente pelo plantio, evitando-se assim maior exposição da embalagem ao sol. Quando o plantio for realizado em dias muito quentes, é importante molhar a cova antes para evitar queima de radicelas.

Deve ser realizado um decote no sistema radicular (não mais de 2 a 3 cm do fundo da sacola) para evitar quaisquer níveis de enovelamento de raízes. Quanto mais tempo a muda permanecer na sacola, maior será o grau de enovelamento, razão pela qual o plantio de mudas novas (tipo pavio) favorece a conformação do sistema radicular no campo. Após a retirada da sacola, segue-se um leve batimento do torrão, que promoverá sua melhor agregação ao solo. Sacos plásticos usados devem ser recolhidos do campo e descartados.
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Para evitar enovelamento das raízes, deve ser feito um decote no sistema radicular.
O plantio deve ser alto, deixando-se uma camada de substrato de 3 a 5 cm acima do nível do terreno, reduzindo assim a possibilidade de incidência de Gomose.
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O plantio deve ser feito acima do nível do terreno.
Logo após o plantio, procede-se a irrigação que deve ser mantida até o total pegamento das mudas. O substrato não pode ir seco ao solo nem secar na cova, pois poderá ter difícil reabsorção de água.
Suporte técnico pós-venda
De nada adiantam os cuidados do viveirista, se não forem oferecidas condições ideais para que a muda se desenvolva. A muda somente expressará todo seu potencial produtivo, se o trabalho de prevenção de pragas e doenças continuar no campo. A Citrograf Mudas conta com uma equipe preparada para acompanhar todas as etapas pré e pós-plantio. Este serviço tem a finalidade de levar ao produtor um pacote tecnológico de implantação do pomar ideal para cada condição e propiciar melhor desenvolvimento da muda nos primeiros anos que seguramente vão refletir em maior longevidade e produtividade da planta cítrica.
Manejo pós-plantio
De nada adiantam os cuidados do viveirista se os tratos não continuarem no campo depois da muda ser plantada. O trabalho de prevenção de doenças deve continuar. O produtor deve fazer o monitoramento de Larva Minadora dos Citros, Pulgão, Cigarrinha (transmissoras da bactéria que causa a CVC) e Psilídeo (transmissores do greening) e fazer o controle químico quando necessário. Só se deve fazer a pulverização e/ou aplicar sistêmicos de tronco/solo, se os níveis de dano forem atingidos ou se o talhão vizinho tiver histórico da doença. O uso de inseticidas sistêmicos implica obediência rigorosa à dose recomendada para evitar fitotoxidade.

A implantação de práticas de manejo integrado também é altamente recomendada. Medidas preventivas contra o Cancro Cítrico, Gomose, Nematóides, outras pragas e doenças, também devem ser constantes.

O uso de herbicidas na linha de plantio geralmente empregado em grandes plantios que inviabilizam a capina manual, deve ser acompanhado com atenção, já que sintomas de fitotoxidez são comumente verificados. Se o uso de herbicida não puder ser evitado, o emprego de aplicadores dirigidos ou bico tipo espumas são alternativas mais seguras.

As mudas vão ao campo no sistema pavio, sem pernadas. As desbrotas após o plantio são feitas até 20 cm acima da enxertia, permitindo-se o livre crescimento das demais brotações. O uso de embalagens de papelão ou plástico em volta do porta-enxerto inibe o brotamento e impede o ataque de roedores e o contato com herbicidas. Se dois ou mais ramos surgem da mesma gema, é aconselhável a retirada dos mais fracos ou pior localizados, melhorando a arquitetura da planta. Plantios mais velhos e trabalhos de pesquisa demonstram que a condução de pernadas ou poda seletiva das plantas jovens não altera a produtividade ou época de início de produção das plantas, ocorrendo um desenvolvimento harmonioso da planta naturalmente.
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Muda de qualidade é essencial para a produtividade e longevidade da planta cítrica.
As vantagens das “Mudas certificadas” ficam totalmente asseguradas desde que sejam seguidas essas recomendações. A produtividade e a longevidade da planta cítrica depende da escolha da muda e do manejo adotado desde a implantação do pomar. Portanto, o acompanhamento de um profissional especializado e o planejamento de todas as fases de produção são essenciais para o sucesso do agricultor.

De nada adiantam os cuidados do viveirista, se não forem oferecidas condições ideais para que a muda se desenvolva. A muda somente expressará todo seu potencial produtivo, se o trabalho de prevenção de pragas e doenças continuar no campo. A Citrograf Mudas conta com uma equipe preparada para acompanhar todas as etapas pré e pós-plantio. Este serviço tem a finalidade de levar ao produtor um pacote tecnológico de implantação do pomar ideal para cada condição e propiciar melhor desenvolvimento da muda nos primeiros anos que seguramente vão refletir em maior longevidade e produtividade da planta cítrica.