sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

VANTAGENS DO GOTEJAMENTO


Tipo de sistema: Irrigação por gotejamento Area: 500 m2 Uso: produção de hortaliças, graos, fruta
e pastagem
Vida util do sistema: entre 5 e 7 anos Custo do sistema instalado: de 0,9 a 1,8 R$/m2
Vantagens em comparação a irrigação
tradicional:
− Custo limitado
− Não precisa de topografias planas (sistema
autocompensado)
− Redução do gasto de água (mais que 50%)
− Permite a fertilização diminuindo o uso de
fertilizantes
− Adaptam-se as diversas culturas
− Aumenta a produtividade do cultivo
− Maior eficiência no controle da irrigação
− Diminui a erosão do solo
− Maior potencial de uniformidade de distribuição
de água
− Diminui a infestação de daninhas
− Diminui a mão de obra
− Aumenta a economia de água e energia,
repagando um maior custo de investimento no
curto prazo
Desvantagens em comparação a irrigação tradicional:
− Custo inicial um pouco mais elevado
− Possível oclusão dos gotejadores com água não
oportunamente filtrada
− Maior uso de tubulação e mangueira na superfície
− Pode contribuir ao acumulo de sais no solo se molharem
além do necessário
− O sol e os animais podem desgastar as mangueiras
− Cuidado com as mangueiras na época da preparação do
solo e da colheita
Funcionamento: O sistema de irrigação por gotejamento se desenvolveu em função da escassez de água. Este
sistema aplica água em apenas parte da área, reduzindo assim a superfície do solo que fica molhada, exposta às
perdas por evaporação. Com isto, a eficiência de aplicação é bem maior e o consumo de água menor.
Os principais
componentes de um sistema de gotejamento são listados aqui em baixo, seguindo o caminho da água da fonte
superficial até a planta: 1. Bombeamento (motor, bomba, transformador, etc); 2. Filtragem (filtros separadores, tela,
disco ou areia); 3. Ramais (tubulação em geral de PVC 35, 50, 75 ou 100 mm); 4. Laterais (tubos de polietileno que
suportam os emissores); 5. Emissores (gotejadores ou microaspersores). E’ possivel ter também automação
(controladores, solenoides e válvulas), válvulas de segurança (controladora de bomba, ventosa, antivácuo) e
fertirrigação (reservatórios, injetores, agitadores).
Produção anual de policultivo numa área de 500
m2 assim composto:
Produto Kg/Ano Produto Kg/Ano
Mandioca 300 Tomate 250
Milho 300 Cebola 250
Batata 330 Cenoura 200
Feijão 100

Viabilidade: A viabilidade do gotejamento para sistemas
pequenos é muito alta. O diferencial está no sistema de
bombeamento que, se for fotovoltaico, aumenta de até 200% o
custo total do sistema embora tenha um custo menor de
combustivel em comparaçao ao bombeamento eletrico ou
diesel. Sistemas com bombeamento solar se repagam num
periodo de 6 anos. Sistemas por gravidade sem
bombeamento: entre 4 meses e 1 ano. Sistemas com
bombeamento diesel: entre 1 e 3 anos.

FEIJÃO POR GOTEJAMENTO








PRODUTIVIDADE DO FEIJÃO COMUM (PHASEOLUS VULGARIS L.) EM DIFERENTES SISTEMAS DE IRRIGAÇÃO, NOS TABULEIROS COSTEIROS DE ALAGOAS


Carlos Heitor de Lima Francisco1
Iedo Teodoro2
Gilson Bernardo dos Santos1
Pablo Vieira Tomas1
José Rodrigo de Araújo Guimarães1
Clíssia Barboza da Silva1

1. Departamento de Solos, Engenharia e Economia Rural - CECA/UFAL
2. Prof. Ms. do Centro de Ciências Agrárias/UFAL/Orientador


INTRODUÇÃO:
A irregularidade da precipitação pluvial no Nordeste brasileiro é o principal motivo dos baixos rendimentos agrícolas da cultura do feijão comum (Phaseolus vulgaris L.), sendo o uso eficiente da irrigação uma das alternativas para melhorar a produtividade dessa cultura. O gênero Phaseolus (feijão-comum) possui mais de 55 espécies cultivadas em cerca de 110 países associados da FAO (Food And Agriculture Organization), sendo responsável por 95 % da produção de feijão. Destaca-se também por ser uma importante fonte protéica na dieta humana (Farinelli et al, 2006). Sendo uma leguminosa herbácea, que se caracteriza por uma dependência extrema às condições meteorológicas para um bom desenvolvimento. Nos países menos desenvolvidos o feijão é cultivado por pequenos e médios produtores, sem o uso de irrigação, por isso, em mais de 60% do seu cultivo observa-se deficiência hídrica em algum estádio da cultura (Gomes et al, 2000). Esse trabalho foi realizado com o objetivo de analisar a produtividade do feijão-comum (Phaseolus vulgaris L.) através de duas formas distintas, utilizando três sistemas de irrigação.

METODOLOGIA:
O trabalho foi realizado na área experimental de agrometeorologia pertencente à Universidade Federal de Alagoas, no município de Rio Largo-AL, (09° 28’ S, 35° 49’ W e 127m), no período de outubro de 2007 a janeiro de 2008. A Cultivar pérola do grupo carioca foi plantada numa área de 25 x 60m, com o espaçamento de 0,50m entre linhas. Foram utilizados três sistemas de irrigação: aspersão convencional, microaspersão e gotejamento. Na aspersão convencional foram utilizados aspersores com espaçamento de 12 X 12m. A vazão média de acordo com a tabela do fabricante é de 1,29m3.h-1, correspondente a uma lâmina média de 9,0mm.h-1. O sistema de microaspersão, utilizado foi do tipo bailarina com espaçamento entre aspersores de 3,0 X 3,0m, com uma vazão de 60,0 l.h-1, que na área de 9,0m2, corresponde a uma lâmina de 6,66mm.h-1. No gotejamento, utilizaram-se gotejadores no espaçamento de 0,40m entre cada gotejador com vazão de 4,0 l.h-1 e o espaçamento entre as mangueiras foi de (0,50m), de forma que cada gotejador cobria uma área de 0,20m2, correspondendo a uma lâmina de 20 mm.h-1. A produtividade estimada em função da área foi feita através da produção de grãos por metro quadro. E com base no peso médio de grãos por planta estimamos a produtividade em relação ao peso de cem sementes.

RESULTADOS:
O rendimento médio foi de 3.078,25 kg.ha-1, considerado abaixo do potencial de produção da cultivar que é de 4.000 kg.ha -1. No entanto superior a média nacional, do nordeste, de alagoas e às encontradas por COSTA (2007) também em Rio Largo-AL com a mesma cultivar que foram de 1.990,45, 1.723,80 e 1.177 kg.ha-1 respectivamente. A produtividade estimada em função do peso médio de grãos por planta nos sistemas de asperção convencional, microasperção e gotejamento foram de 5.673,34, 5.950,60 e 5.139,32 respectivamente, enquanto que os rendimentos obtidos em função da área para o mesmo sistema de irrigação foram de 3.704,21, 3.382,96 e 2.147,69 kg.ha-1. Observa-se que a produtividade determinada em função do peso médio dos grãos por planta foi de 89,4% superior a determinada em função da produtividade por área. Essa diferenca média ocorre porque o número de plantas retirado para obter o número de vagens por planta e o número de grãos por vagem em cada tratamento não representou bem a população existente em um hectare. A irrigação por gotejamento apesar de ser mais eficiente para outras culturas, não mostrou a mesma tendência na cultura do feijão.

CONCLUSÕES:
A produtividade determinada em função do peso médio de grãos por planta foi superior a produtividade encontrada por área. O sistema de irrigação por aspersão proporcionou maior produtividade. O tipo de irrigação mais indicado para a cultura do feijão, dentre os analisados, é a aspersão convencional.

Instituição de fomento: Universidade Federal de Alagoas (UFAL)



Palavras-chave: feijão, irrigação, produtividade

E-mail para contato: agroheitor@hotmail.com